terça-feira, 16 de junho de 2015

PR6 - CAMINHO DO CARTEIRO

PR 6 Caminho do CarteiroPDFImprimire-mail
Descrição do Percurso
Para quem fizer o  PR "Caminho do Carteiro" sem prever transporte de recolha no final, o regresso deve ser feito pelo mesmo caminho, em sentido inverso. É no pequeno largo da velha aldeia tradicional de Rio de Frades que faremos a descrição deste percurso. Se se pretende mais fácil estacionamento, deve começar-se cerca de 1 Km antes, junto ao cemitério do lugar, por ser extremamente exíguo o espaço daquele largo. A distância deste segundo local até ao dito largo vence-se através de uma estrada asfaltada muito estreita mas sem desníveis significativos e muito panorâmica.
Daí, continua-se, também em asfalto, por apertada via até às antigas instalações das minas de volfrâmio, onde hoje existe um pequeno núcleo habitacional alojado em parte do que resta daquelas instalações. Pouco antes do fim do asfalto, toma-se, à esquerda, o antigo caminho que inicia a subida para Cabreiros.
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Depois de passar por algumas galerias das antigas minas e respectivas cascalheiras, prossegue-se, durante algum tempo, pela curva de nível, sem subir, nem descer, à vista do Rio Frades que corre, ao fundo, tumultuoso, em sucessivos meandros, por entre gargantas apertadas. Logo de seguida, inicia-se suave descida que nos conduz ao pequeno pontão pelo qual é feita a travessia do Rio.
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Dobrado o Rio, vem a subida constante até Cabreiros. À entrada do lugar, deparamos com a escola primária, edifício simples da década de sessenta do século passado, depois da qual tomamos o caminho da direita que nos leva até Tebilhão.
O trajecto entre as duas aldeias é de rara beleza, dele se alcançando paisagens inolvidáveis: do lado de Cabreiros avistam-se as deslumbrantes leiras em socalcos de Tebilhão; do lado de Tebilhão avistam-se o casario da velha aldeia de Cabreiros e o verde que cobre os seus múltiplos e pequenos campos de cultivo.
Cenários impressionantes que fazem o visitante meditar no esforço hercúleo que, ao longo dos tempos, os homens aí residentes, tiveram que fazer para dominar a montanha agreste e dura e construir nela aquela bucólica paisagem de encantar.
Prosseguindo o trajecto dobramos a capela de Sta Bárbara de Tebilhão e atingimos a carreira de moinhos do mesmo lugar, junto à estrada de asfalto. Há, neste local, um marco a assinalar a altitude. Entre o cemitério de Rio de Frades e esse marco, verifica-se um desnível de 500 metros. Desnível que, olhando para trás, os caminheiros constatam que venceram. É obra!
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Aí chegados, volta-se pelo mesmo caminho até Cabreiros, onde se sobe pela rua central em busca de um dos seus estabelecimentos comerciais, para tomar café e refazer energias.
Retemperadas as forças, inicia-se a longa descida até Rio de Frades. Agora o vale do Paivó a nossos pés; montanhas e montanhas a perder de vista até à mais alta cumeada do Montemuro, constituindo tudo uma paisagem inigualável e inesquecível. O silêncio envolvente é quebrado pelo sibilar suave da brisa fresca que desce da montanha e, aqui ou além, pelo canto das aves e pelo voo tranquilo da águia de asa redonda.
Cabreiros
A freguesia de Cabreiros estende-se desde o amplo planalto da Freita até ao apertado Vale do Frades: A sua exígua população distribui-se por quatro aldeias: Cando, Tebilhão, Cabreiros e Rio de Frades.
Na aldeia de Cabreiros (sede da freguesia), o casario estende-se quase linearmente ao longo da rua principal, ressaltando ainda, em muitas das construções, a arquitectura e os materiais construtivos típicos da região. Nas pedras de uma ou outra das habitações, surpreendem-se elementos iconográficos de índole religiosa. Vale a pena percorrer a povoação ao longo de toda essa rua, sem esquecer os caminhos e veredas que nela entroncam, no prolongamento dos quais amiúde deparamos com pequenas construções rurais muito características na região: eiras, palheiros, etc..
Da povoação de Rio de Frades, diz-se que foi fundada por frades jesuítas que ali procuraram refúgio na época pombalina, aquando da extinção das Ordens Religiosas. Dai o nome dado ao lugar.
Em Rio de Frades, assentaram os alemães o seu centro da exploração mineira de volfrâmio, durante a 2.ª Guerra Mundial, que captavam em múltiplas minas abertas nos montes das cercanias. Essas minas foram abandonadas depois da guerra, encontrando-se hoje as construções desse centro mineiro em ruínas.
O lugar de Tebilhão situa-se no que alguns especialistas consideram um magnífico exemplo de vale em berço. Este lugar merece uma visita sem pressas. Espreitar as suas ruelas e recantos, sem esquecer a magnifica paisagem que, do lugar, se divisa, quer sobre Cabreiros, quer, mais longe, sobre os vales apertados do Rio de Frades e seus afluentes, é algo de imperdível.
O Cando é o mais pequeno de todos os lugares de Cabreiros. Pequeno em dimensão, mas enorme em beleza. Um pequeno oásis de deslumbrante paisagem humanizada, perdido na imensidão da Serra da Freita de beleza agreste e telúrica.

Partida: Largo da Aldeia de Rio de Frades

Chegada:
 Junto à carreira de moinhos de Tebilhão

Âmbito:Desportivo, panorâmico e ambiental

Tipo de Percurso: de pequena rota, linear, por caminhos tradicionais e de montanha

Distância a percorrer:14km: 7km de ida e 7km de volta

Duração do percurso:Cerca de 4h: 2h de ida e 2h de volta

Nível de dificuldade:Alto

Distâncias entre os pontos mais significativos: - De Rio de Frades a Cabreiros - 3300m
- De Cabreiros a Tebilhão - 2000m
- De Tebilhão à Carreira de Moinhos - 700m

Altitudes: 

- Cemitério de Rio de Frades - 350m
- Rio de Frades - 350m
- Cabreiros - 730m
- Rio Pequenino (ponte entre Cabreiros e Tebilhão) - 660m
- Tebilhão (Carreira dos Moinhos) - 815m
- Mínima: Rio Paiva - 200m

Época aconselhada: Todo o ano

Desníveis
- Silveiras à Ribeira de Silveiras: descendente moderado (593<510 br="">- Ribeira de Silveiras à Portela Malhada: ascendente moderado a forte (510>646)
- Da Portela Malhada a Cortegaça: descendente de moderado a forte (646<500 br="">- Do estradão da cumeada a Meitriz/Rio Paiva: descendente forte (581<200 br="">- Do Rio Paiva à Portela: ascendente moderado (200>374)
- Da Portela a Janarde: descendente suave (374<218 br="">
Época aconselhada:
 Todo o ano

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